Um homem formado em medicina, se sentia grande, por ser um médico conceituado e próspero, tinha seu próprio hospital onde atendia somente as melhores clinicas e os melhores planos de saúde,
seu hospital considerado 5 estrelas tinha excelente atendimento e era referencia na região, porem pobre lá não tinha vez, caso chegasse alguma pessoa precisando de atendimento médico sem ter condições financeiras de pagar por esse atendimento, a ordem era pra não passar nem pela porta do hospital, e da recepção mesmo essa pessoa já era convidada a ir para outro hospital.
Esse médico se chamava Ernesto, e tratava pobres como pessoas inferiores e em seu hospital só atendia quem tinha dinheiro, ou pagava um bom plano de saúde, e não abria exceção para ninguém, mesmo que o caso fosse de extrema urgência! A regra da casa era receber primeiro para depois, cuidar do paciente...
Ernesto era casado com uma mulher estrangeira e tinham um único filho que se chamava Saulo, que com apenas 20 anos, seguia os passos do pai, onde também fazia medicina e pretendia ser um famoso Cirurgião Plástico.
Por conta dos estudos Saulo morava na capital do estado e sempre que podia visitava seus pais no interior. Era sempre recebido com muito carinho por seus pais, principalmente pelo doutor Ernesto que era apaixonado pelo único filho Saulo; foi ai que a vida programou um plano, para lhe ensinar uma grande lição de vida.
Em um feriado prolongado Saulo, resolve fazer uma surpresa para os pais e mesmo depois de avisar que não iria para o interior, resolveu ir, e no caminho já próximo a cidade de destino sofreu um grave acidente com seu automóvel importado e foi rapidamente socorrido e conduzido para o hospital mais próximo que era o hospital da família, porem como estava inconsciente e com seu rosto irreconhecível, ninguém percebeu que era Saulo o filho do doutor Ernesto que estava ali agonizando na porta daquele hospital. Pois socorreram o jovem acidentado mas não encontraram nenhum documento com ele, e logo que o doutor Ernesto tomou ciência do caso, deu ordem para deixarem o cidadão lá fora até ele morrer, pois com certeza a família dele, não terá condições de pagar por uma internação e nem mesmo pelos primeiros socorros.
E só depois que aquele jovem já tinha morrido, que alguém comentando sobre o acidente, falou a marca e a cor do corro importado que o jovem dirigia, e foi assim que o doutor Ernesto tomou ciência do seu erro fatal e ali percebeu que o seu orgulho trouxe seu amado filho para morrer do lado de fora do seu hospital.