Em 2002, Suzane Von Richthofen e os Irmãos Cravinhos foram os protagonistas de um dos crimes que mais chocaram o Brasil. A jovem, que tinha 18 anos na época, planejou o assassinato dos próprios pais.
Manfred e Marísia Von Richthofen eram orgulhosos dos filhos e viviam a perfeita vida da classe média paulistana. Mas uma coisa não parecia bem, eles não gostavam do namorado de Suzane, Daniel Cravinhos.
Em maio daquele mesmo ano, os pais de Suzane proibiram que ela se relacionasse com Daniel, já que desaprovavam o namoro. Se esse foi o motivo do crime ainda não está completamente claro, mas pode ter sido o estopim, vale ressaltar que quando se trata do caso, as motivações se dividem através das contradições presentes no depoimento da jovem e de seu ex-namorado, que trocaram acusações graves em 2006.
Em outubro de 2002, Suzane levou seu irmão mais novo, Andreas, a um cybercafé e colocou o plano em ação, com os álibis em mente, a jovem pediu que os Irmãos Cravinhos matassem seus pais. E assim foi feito, os Von Richthofen morreram enquanto dormiam, devido às diversas marretadas que levaram em suas cabeças.Após o assassinato, a herança dos Von Richthofen, avaliada em 10 milhões de reais, ficou submetida à análise da justiça. E em 2011, após o julgamento de Suzane ocorrido em 2006, foi decidido que a jovem era indigna de receber o patrimônio.
Acontece que a decisão só fora oficializada em 2015; antes disso, era “transitada em julgado”. A sentença determinou a exclusão, por indignidade, da herdeira Suzane Louise von Richthofen, relativamente aos bens deixados por seus pais, ora inventariados, defiro o pedido de adjudicação formulado pelo único herdeiro remanescente, Andreas Albert von Richthofen”, escreveu na época o juiz José Ernesto de Souza Bittencourt Rodrigues.
Em 2014, Suzane produziu um documento endereçado à justiça, como informou o G1 na época. Nele, ela abria mão de toda a herança de seus pais, inclusive sua casa na Zona Sul de São Paulo, em benefício do irmão. Ela ainda manifestou, no texto, vontade de reencontrar Andreas, quem não via desde 2006.
Diferente do que muitos imaginam, a mansão com piscina, escritório e biblioteca não está abandonada atualmente. Ainda no ano em que a condenada desistiu do dinheiro, o imóvel passou para as mãos de outro proprietário, considerada uma boa oportunidade de negócio pela corretora Zilda Esteves, apesar de abaixo da média da venda de casas no bairro.
O valor, que não chegou a ser comentado oficialmente pelo novo dono, foi de 1,6 milhão segundo registrado pela gazeta digital, em 2015.O novo proprietário da mansão, que já não tem mais o mesmo aspecto de abandono, não quis que seu nome fosse divulgado, preferindo o anonimato.