Edward (Ted) Kennedy, como irmão do ex-presidente JFK, era membro de uma das famílias políticas mais conhecidas dos EUA e importantes no quadro do Partido Democrata. No entanto, em 18 de julho de 1969, Ted quase destruiu toda sua carreira política num acidente de carro, no mínimo, insólito.
Ele estava em Chappaquiddick, em MarthasVineyard (ilha em Massachucetts), que era um local tradicional de férias para os Kennedy, o senador havia planejado uma festa às chamadas Boiler Room Girls, seis moças ligadas ao clã político, que participaram da última campanha de Robert Kennedy ao senado.
Durante a festa, o político decidiu dar uma escapada e chamou para ir com ele uma das moças, Mary Joe Kopechne, de 28 anos. Entretanto, o senador saiu de carro de maneira descontrolada e ao passar por uma ponte de madeira perigosa, o veículo saiu da pista e caiu na água.
Ted conseguiu se salvar do acidente, mas Mary Kopechneficou presa no interior do veículo que afundou, levando-a morte por afogamento; desesperado com a situação, o político fez o que não seria recomendado por ninguém: não reportou o acidente à polícia.
Só o fez na manhã seguinte, dez horas depois do episódio. Dessa formaTed Kennedy assumiu a culpa, mas, ao explicar porque demorou para alertar as autoridades, declarou-se em estado de choque. Ele foi condenado a dois meses de prisão na condicional e, de alguma maneira, conseguiu com que não houvesse maiores investigações no ocorrido.
O acontecimento, inevitavelmente, manchou a imagem do clã dos Kennedy, quase destruindo a carreira do congressista. Todavia, ele se manteve no Senado como figura relevante até sua morte, em 2009, ficando famoso em Washington como o Leão do Senado.