O Ministério Público investiga um suposto esquema de 'rachadinha' envolvendo assessores da deputada estadual Letícia Aguiar (PSL) de São José dos Campos.
A denúncia foi feita pela Promotoria de Justiça de São José, e a informação é da CNN. De acordo com o MP, a deputada teria exonerado cinco comissionados em seu gabinete e, depois, nomeadas pessoas sem nenhuma experiência nos cargos, que estariam repassando seus salários.
Um dos envolvidos seria Anderson Senna (PSL), ex-chefe de gabinete da deputada e foi candidato à prefeito nas eleições deste ano. A denúncia aponta que, no lugar dele, foi nomeada uma assessora especial idosa e sem experiência: Maria Aparecida de Souza, que teria repassado à Senna os salários, de R$ 24.730 no total.
O caso foi encaminhado à Promotoria do Patrimônio Público e Social de São Paulo, por envolver a Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). O promotor Paulo Destro emitiu um ofício solicitando, em até 10 dias úteis, explicações da deputada. Ainda segundo a representação, esquema análogo teria ocorrido em relação a outros cargos comissionados relacionados ao gabinete da Deputada Estadual. Seriam os casos de Carlos Alberto Favaro, exonerado para concorrer ao mandato de vereador em São José dos Campos, substituído pelo Sr. Almir Gomes em cargo cujos vencimentos remontam em R$ 16.277,07; Áureo Farias, exonerado para concorrer ao mandato de vereador no município de São José dos Campos, substituído pela Sra. Daniele Bueno da Cunha em cargo cujos vencimentos remontam em R$ 2.319,17; Agenor Lino, exonerado para concorrer ao mandato de vereador no município de Jacareí, substituído pelo Sr. Silvio Rodrigues, em cargo cujos vencimentos remontam em R$ 6.836,59; e Sandro Mendes, substituído pela Sra. Maria Angélica de Lima Nogueira em cargo cujos vencimentos remontam em R$ 6.836,59”, diz a promotora de justiça, Cristiane Cardoso Roque.
Em nota, a deputada negou as acusações e afirmou que não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a representação. O texto ainda destaca que Letícia "repudia toda e qualquer ilicitude dentro de seu gabinete."