Mais da metade dos candidatos à prefeitura de Jacareí tem como promessa a construção de um hospital municipal. A proposta abrange pessoas de direita e esquerda, novatos ou não na disputa eleitoral da cidade.
Atualmente, a Santa Casa de Misericórdia é o local que comporta a maioria dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva): 12. Outros cinco, que completam o total de 17 UTIs na cidade, se encontram no Hospital São Francisco. Com a pandemia, ao menos temporariamente, 14 leitos semi-intensivos estão na Unidade de Retaguarda.
A promessa de novo hospital integra o plano de governo de Adilson dos Santos (PSTU), Fernando Cappelli (PSL), Mauricio Haka (PRTB), Prof. Claudio Leonetti (PMB), Professora Suzete (PSOL) e Will Mendes (PV). Marco Aurélio (PT), propõe um pronto-socorro e estudos para transformação da Santa Casa em hospital municipal. Em comum: nenhum traz, no plano, a estimativa do custo da construção e manutenção
Nos demais casos, Sérgio Coutinho (Patriota) cita a conservação e manutenção estrutural da UPA e da Santa Casa. Fernando da Ótica (Republicanos), propõe melhoria da rede de urgência e transformação de UBSs para 'pré-emergência'.
Arildo Batista (PTB), apesar de não mencionar a concretização da unidade, propõe um diagnóstico sobre a situação da Santa Casa, com a possibilidade de construção do hospital. O atual prefeito, Izaias Santana (PSDB), que em 2016 havia colocado a construção como meta, desta vez optou por não inseri-la. Durante o mandato, projeto básico apontou um custo estimado de R$ 7 milhões somente com as obras. Depois, o governo.
A construção de um hospital municipal não é um assunto novo durante as campanhas eleitorais e segue antiga reivindicação da população em Jacareí. Além das eleições de 2016, em 2014, o então prefeito de Jacareí, Hamilton Mota (PT), chegou a divulgar um projeto que estimava R$ 30 milhões para a implantação de uma unidade, mas a obra não chegou a sair do papel.
No caso da intervenção da Santa Casa de Misericórdia, estudos relativos ao fim do processo, neste ano, são mencionados somente nos planos de governo de Arildo Batista, Fernando Cappelli e Marco Aurélio, que administrava o município no ano de 2003, quando a intervenção no hospital teve início informou que o caso seria discutido só ao fim da intervenção na Santa Casa.