Foi dada a largada para o fim do ano. Os panetones chegaram aos supermercados e padarias do país com força, mesmo na crise, para vender milhares de unidades.
Apenas do ano passado, a produção do pão doce movimentou R$ 735 milhões entre novembro e janeiro, de acordo com a Abimapi (Associação Brasileira da Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados). A associação ainda faz cálculos de como será o desempenho do setor neste ano. Mas, se depender das grandes marcas, os brasileiros devem degustar milhões de unidades.
A expectativa da Bauducco, a maior produtora do país, é de que 75 milhões saiam de suas fábricas neste ano, mantidas em Guarulhos (SP), Rio Largo (AL), Extrema (MG) e Miami (EUA). As primeiras fornadas da marca, iniciadas ainda em agosto, foram doadas para entregadores de aplicativos em quatro capitais brasileiras.
Wickbold e Seven Boys estão desde agosto abastecendo os supermercados, com estimativa de vender até 720 mil unidades de chocotones e panetones. Os preços para esta temporada devem se manter os mesmos do ano passado.
No Carrefour, a rede afirma que congelou os valores, apesar da alta de ingredientes e embalagens. De olho no carinho dos brasileiros pela guloseima, as padarias das lojas produzem panetones o ano inteiro, reforçando as fornadas já a partir de setembro.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, os consumidores vão ficar neste ano sem as degustações e ações com “quentinho”, quando o pão é vendido recém saído do forno e em embalagem aberta. Outra comodidade aos clientes para evitar filas é utilizar o sistema de senhas das padarias. Até o fim do ano, a rede espera comercializar 2 milhões de panetones e chocotones de sua marca.
Nas lojas Extra e Pão de Açúcar, a produção própria também é mantida em todo o ano. A partir de novembro, a marca envia para as gôndolas produtos especiais para a data, como o chocotone de avelã com Ninho e o panetone de grãos. Para este ano, a expectativa é produzir cerca de 62 mil panetones no Pão de Açúcar e 270 mil no Extra.
As marcas próprias das redes de supermercados podem ser boa alternativa para quem adora o pão, mas não está disposto a gastar muito. De acordo com a Apas (Associação Paulista de Supermercados), eles custam até quatro vezes menos que os vendidos pelas grandes marcas do setor.