A exemplo do americano Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira dia 5 de junho, que o Brasil pode deixar a OMS (Organização Mundial da Saúde)
caso a agência da ONU não deixe de ser uma entidade política e partidária.
"Já vou adiantar aqui, os EUA já deixaram a OMS, e se a OMS não deixar de ser uma organização política e partidária e tendenciosa que é hoje, nós faremos o mesmo, não precisamos de gente lá de fora dando palpites na saúde aqui no Brasil”. Declarou o Presidente Jair Bolsonaro na frente do Palácio da Alvorada. A fala do mandatário foi transmitida pela rede CNN Brasil.
No final de maio, Trump anunciou que os EUA estavam cortando relações com a organização. O americano acusa a agência da ONU de ser subserviente ao governo da China, hoje a maior antagonista de Washington na arena internacional.
"Como eles não fizeram as reformas solicitadas e muito necessárias, encerraremos nosso relacionamento com a OMS e redirecionaremos esses fundos para outras necessidades de saúde pública mundial urgentes e globais", disse Trump quando comunicou o rompimento.
Os EUA eram os maiores doadores da OMS em 2019, o país desembolsou US$ 400 milhões (R$ 2,06 bilhões), equivalentes a cerca de 15% do orçamento da organização sediada em Genebra.
O Brasil, porém, deixou de fazer contribuições à organização desde 2019 e hoje soma um atraso de cerca de US$ 33 milhões. Bolsonaro também comentou nesta quinta a decisão da OMS de retomar os estudos clínicos com hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19, no programa internacional Solidarity.
A entidade havia suspendido as pesquisas com o medicamento para reavaliar sua segurança depois da publicação de um estudo na revista médica inglesa Lancet com dados de 96 mil pacientes que indicou que as duas drogas, hidroxicloroquina e cloroquina, estavam relacionadas à maior mortalidade.