O novo coronavírus deve mudar as comemorações de Páscoa desde ano, que acontece no próximo domingo, dia 12 de abril. Especialistas afirmam que as incertezas em relação a emprego e renda,
e até sobre o avanço da covid-19, devem fazer com que o almoço de Páscoa seja mais restrito e com menos produtos típicos na mesa.
A coordenação do IPC do FGV Ibre, diz que as comemorações deverão ficar limitadas ao núcleo familiar, e pessoas que moram na mesma casa para evitar riscos de transmissão do vírus, afirmam também que as pessoas devem gastar menos com itens comemorativos.
Pois neste momento não há espaço para comprometer um orçamento restrito com compras especiais. A demanda por produtos de Páscoa pode recuar bastante, vai ser um impacto nada desprezível, isso deve afetar não só a cereja da Páscoa que é os ovos de chocolates, mas também outros itens que fazem parte da comemoração, como vinhos, azeites, frutas cristalizadas, amêndoas e o tradicional bacalhau.
Até para quem pode comprar, esses itens vão ficar mais caros porque em geral, são importados e assim os consumidores deverão priorizar itens básicos da cesta já que boa parte da população está com orçamento comprometido, apesar de ser uma comemoração importante, as pessoas deveram priorizar somente os produtos básicos.
Para Marcos Antônio de Andrade, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o comércio, setor de alimentos e indústrias de chocolates deverão ter crescimento inferior ao esperado para o período - "Não se sabe exatamente o número disso, mas que vai ser inferior vai, existe uma campanha para não sair de casa, muita gente está ficando sem renda. Ovos de Páscoa não é uma necessidade básica, a própria situação econômica vai fazer com que esses itens fiquem de lado, sem contar que será uma Páscoa atípica, sem encontro de família." Diz Andrade.
Ele também afirma que uma das dificuldades em saber o impacto do coronavírus nas vendas de produtos típicos, acontece porque os brasileiros ainda não estão à procura dos itens de Páscoa, lembrando que o brasileiro tem uma característica peculiar que é deixar para fazer as compras mais ou menos em cima da hora e por isso, a expectativa de consumo passa ser uma interrogação.
Segundo o especialista, para haver algum retorno positivo, as empresas de médio e grande porte que investiram no setor, poderão promover liquidações e promoções para conseguirem salvar os investimentos e até poderão ter algum lucro, já que possuem um estoque considerado de ovos de Páscoa, e como compraram em grande quantidade, e com preço bem abaixo do mercado, deverão conseguir amenizar a situação sem prejuízos irreparáveis, apenas deixaram de lucrar o que lucrariam em tempos normais; o grande impacto sofreram os pequenos produtores, a maioria informal que investiram o pouco que tinham, contando com um lucro que era certo! Porem como são investidores pequenos, poucas vantagens conseguem na diferença do preço de mercado, e assim não possuem muita margem de lucro para negociar as vendas desses produtos, podendo ter que abraçar um prejuízo, esses sim serão afetados e serão os primeiros a sofrerem com a crise este ano.