O maior filósofo do futebol brasileiro foi Antônio Franco de Oliveira, mais conhecido pelo apelido de Neném Prancha. Deixou várias frases engraçadas que muitos anos após sua morte, ocorrida em 1976, ainda são repetidas à exaustão.
Uma das mais famosas é: "Pênalti é uma coisa tão importante, que quem devia bater é o presidente do clube".
Concordo plenamente se fosse aplicada na política, ainda mais na interiorana. Quase sempre a presidência é exercida por alguém que está em cargo comissionado ou pretende ocupar algum.
Presidente de partido, para mim, tem obrigação de ter voto e só pode provar disputando eleição nem que seja para vereador. É a forma de provar que faz jus ao cargo. Porém, poucos se aventuram a prová-lo, preferem dar entrevistas, negociar coligações, pleitear cargos na administração ou vaga em algum gabinete de deputado como assessor parlamentar, uma excrecência à custa do dinheiro público e que precisa ser extirpada em todos os níveis.
Tomemos o exemplo de Jacareí na última eleição. Poucos arriscaram testar sua força nas urnas, e a maioria passou por vexame a manchar seus currículos e pretensões futuras. Siglas inexpressivas localmente foram usadas por pessoas ruins de voto para os cargos em disputa.
Entendemos que para o partido crescer ele precisa disputar eleições, mas derrotas como as que vimos foram piores que o 7 x 1 da Alemanha contra o Brasil. Eles também, assim como nossa seleção, foram massacrados jogando em casa.
Ficou provado. Muitos presidentes dos pequenos partidos são nanicos politicamente, a única ação que fazem é compartilhar textos contra o governo municipal, mas sem qualquer comentário pessoal ou sugestão de como se poderia fazer melhor. Mostram-se incompetentes para redigir um texto próprio, talvez pela falta de conhecimento real ou dificuldade com a língua pátria.
O eleitor precisa de partidos com dirigentes mais preparados, devidamente capacitados. E a cidade precisa de agentes públicos que façam realmente oposição, mas de forma madura, apresentando alternativas e mostrando que é possível fazer melhor.
Que a lavada nas urnas propicie uma renovação política melhor, que os filiados das legendas despertem para isso. Chega de caciques.