Novembro chegando e a propalada renovação do quadro político, que tantos defendem, dificilmente acontecerá. Tudo caminha para que os mesmos nomes dos últimos anos sejam vitoriosos quando da apuração das urnas.
Para o executivo os nomes mais fortes são Izaías Santana-PSDB, atual prefeito, e Marco Aurélio ou Hamilton-PT, se realmente concorrerem em virtude dos processos que respondem na justiça. Por fora, apresentando-se como terceira via estão Arildo Batista-PTB e Fernando Ramos-PRB (também passível de impugnação), ambos com 8 anos de mandato na Câmara. Ou seja, velhos rostos. Os demais postulantes não têm chance alguma, mas deixarão seus nomes em evidência juntos às direções estaduais ou nacional. Quem sabe um cargo comissionado no gabinete de algum deputado os premie, mais tarde, pela “dedicação”.
Para a Câmara serão necessários mais de 1.500 votos para se eleger vereador, e as chances ficam para 12 dos atuais vereadores, todos entre 1422 e 3323 votos no pleito anterior. E tentarão retornar, Edgard Sasaki, atual vice-prefeito, Hernani Barreto, Ana Lino, Rogério Timóteo e outros, como Roberto Abreu, com votos suficientes para obter uma cadeira. Assim, não esperem que novos nomes tomento assento no legislativo.
Resumindo, teremos entre18 e 20 candidatos exponenciais e conhecidos para brigar pelas 13 cadeiras, o que reduz drasticamente as chances de novatos alcançarem sucesso. Ainda mais que o discurso que pregam é velho demais, não podem se apresentar como novidade.
Ainda temos os que insistem na tola campanha de que “é preciso trocar todos os vereadores por novos nomes”. Aconselho que guardem o lenço (ou o lençol) para enxugar as lágrimas depois do resultado. Gastam a saliva nas ruas e os dedos no computador à toa. Não será desta vez.
A estrutura partidária dos que estão no exercício do cargo, com receitas da contribuição partidária, assessoria nos gabinetes, carro, telefones, acesso aos meios de comunicação e rostos conhecidos pela população os tornam favoritos na dura competição. E a Covid-19 ajuda-os como cabo eleitoral impedindo a exposição dos concorrentes ao público eleitor.
Zebras acontecem, é claro, comuns no esporte bretão. Nas urnas são mais raras, o jeito é esperar para ver.