Como sempre acontece em ano eleitoral, a troca de legenda partidária por ocupantes de mandato causa tremendo rebuliço nas projeções meses antes do pleito.
Fazendo analogia com o Coronavírus, estamos vendo vereadores filiando-se a partidos outros na esperança de sobreviver (alguns) ou buscar voos mais altos (outros), seja em 2020 ou jogando para 2022.
No caso de Jacareí, o “Coronavoto” provocou uma dança das cadeiras que merece análise. Temos o PR de Paulinho dos Condutores reforçado com colegas vereadoras (Dra. Márcia e Sonia) e mantendo bons nomes que participaram da disputa em 2016. Por outro lado, perde o vereador Abner que irá para o PSD levando junto os votos de cabresto religioso já esmiuçado em vídeo pelas redes sociais. Reforçará o time dos vereadores Paulinho dos Esportes e Juarez Araujo, de mandato pouco expressivo.
Arildo Batista e Fernando Ramos deixam seus partidos, respectivamente PT e PSC, almejando a cadeira de prefeito abrigados em novas legendas (PTB e Republicanos) em voo cego e ainda buscando nomes para compor chapa de vereadores que possa lhes dar sustentação.
Valmir volta para o Democratas de onde na verdade nunca saiu. E busca mais uma reeleição com reforço dos votos de Edgard Sasaki que tentará voltar à Câmara, onde deveria ter permanecido.
Voo mais cego é o da vereadora Lucimar, ex-presidente do legislativo que deixou os tucanos para assumir o MDB, partido com histórias expressivas, mas sem candidatos de expressão que possam somar votos na difícil missão para reelege-la.
Enfim, novas mudanças podem ocorrer até abril em função do Coronavoto. Ele ressuscitou os velhinhos PTB e MDB, fortaleceu o PR e PSD, matou o PV e PSC e deixou manco o PSDB. Quanto ao PT, restrito ao vereador Flavinho na atual legislatura, pode eleger forte bancada em outubro próximo graças ao carisma e respeitabilidade junto a população do ex-prefeito e possível candidato, Marco Aurélio de Souza.
Após o pleito saberemos quem morreu e quem sobreviveu com a pandemia do Coronavoto. E esperar o ainda distante 2024 para nova pandemia e assistir a famosa “dança das cadeiras”, prova maior do descaramento dos nossos representantes políticos.